Escrito por Anne Caroline de Oliveira Pereira
“Ser empreendedor é muito mais do que ter um grande sonho, é fazer o seu
próprio negócio se tornar realidade”. Se para ser empreendedor é necessário ser
pró-ativo, fazer acontecer e também ser a diferença para a sociedade, por que
não podemos unir estas duas realidades e poder aliar a capacidade de ganhar
dinheiro e fazer a diferença no mundo? Seria uma forma de contribuir para a
inclusão social e para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Estas novas
formas de empreender, tem ganhado cada vez mais espaço no Brasil e no mundo.
O IV Integração Sim, Senhor, que foi realizado em Campina Grande,
abordou essas perspectivas e também contou com a participação do professor
doutor Genésio Gomes, do Curso de Engenharia de Computação da Universidade de
Pernambuco - Poli-UPE, com o tema: "Educação empreendedora
na era dos negócios sociais". Genésio falou que atua na disseminação da
cultura empreendedora, através do projeto chamado células empreendedoras, que
visa fortalecer o comportamento empreendedor por meio do desenvolvimento de
ideias de alunos e professores. “A gente vê que existe uma carência para que os
alunos tenham autonomia para ter suas próprias ideias, ter seus próprios sonhos
de vida profissional. O que podemos ver é que nas faculdades existe um maior
empoderamento até dos professores em relação aos alunos e o que nós queremos fazer é inverter um pouco esta situação, pra que o aluno possa ter mais
protagonismo e mudar essa realidade, só que a partir das ideias deles próprios,
esse é o diferencial”.
O Projeto teve início com alunos do curso de
computação e hoje é um projeto interdisciplinar, com várias faculdades
participando e interagindo. É uma rede integrada com outros movimentos, como
por exemplo, integrado com empresas juniores, onde os alunos criam suas ideias
em células e apresentam os projetos para as mesmas. Segundo Genésio, o mais
interessante do Projeto é que ele permite que o aluno formule sua ideia com o
passar do tempo. Então naturalmente ele pode mudar de célula, mudar e
reformatar a ideia. O projeto ainda oferece liberdade para que com o passar do
tempo, seu projeto melhore. É um tipo de estratégia para proporcionar autonomia
aos jovens.
O professor ainda explicou sobre os tipos de células nas quais as pessoas
podem se inserir: células temáticas e células docentes. As temáticas,
normalmente são destinadas aos alunos que estão começando o curso, porque ainda
não definiram sua área vocacional. Logo, ele escolhe este tipo de célula,
define um tema que tenha a ver com seu perfil e começa a trabalhar naquele tema
com grupos de estudo, cursos, realizando eventos, enfim, com o passar do tempo,
ele vai tendo capacitação naquele tema e inicia os projetos, então ele pode
gerar inovações a partir daquela célula temática e se tornar uma célula de
projeto e inovação. Já as células docentes são destinadas aos professores que
queiram participar, que apoiam a pro-atividade e o protagonismo do estudante.
Nesse caso, o professor também tem o poder de divulgar o que faz de inovador na
instituição.
Genésio Gomes deixou uma mensagem aos jovens que ainda não tenham uma
visão empreendedora: “O que nos sustenta no mercado de trabalho hoje é o
comportamento empreendedor e estamos inseridos em um mercado onde as pessoas
não colocam um tapete vermelho com oportunidades pra você [...] Portanto, o que
eu dou como sugestão é que realmente os jovens internalizem que é necessário
sair do lugar para começar a realizar seus sonhos, seus ideais”.
Para
finalizar, o professor nos mostrou um vídeo sobre o princípio do Trim Tab, no
qual retrata que mudanças são possíveis, quando todos na equipe entendem este
princípio. Veja este vídeo com Stephen Covey e promova um debate em sua empresa
sobre como ser um trim tab em seu departamento, na empresa ou até mesmo em sua
vida.